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Rio de Janeiro,28/04/2025

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EUA devem anunciar tarifas ao setor farmacêutico 'em breve', diz Trump

g1.globo.com
EUA devem anunciar tarifas ao setor farmacêutico 'em breve', diz Trump


Presidente dos Estados Unidos também afirmou que está aberto a fazer acordos com países sobre as tarifas recíprocas previstas para a próxima semana. Trump fala a jornalistas a bordo do Air Force One.
Kevin Lamarque/ Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que anunciará novas tarifas voltadas para o setor farmacêutico "em breve". O republicano não deu mais detalhes. As afirmações foram feitas a jornalistas a bordo do Air Force One, como são chamadas as aeronaves presidenciais do país.
O presidente norte-americano também afirmou que está aberto a fazer acordos com países sobre as taxas de importação já anunciadas, mas destacou que esses acordos teriam de ser negociados depois que as tarifas recíprocas passarem a valer, em 2 de abril.
A ameaça tarifária tem sido constantemente utilizada pelo presidente dos EUA para tentar negociações comerciais mais vantajosas à maior economia do mundo. As tarifas recíprocas, por exemplo, haviam sido anunciadas em fevereiro, com o objetivo de taxar países que cobram tarifas de importação de produtos norte-americanos.
Só nesta semana, o republicano anunciou tarifas de 25% a todos os carros importados nos EUA e assinou um decreto que impõe uma taxa da mesma magnitude a todos os países que compram petróleo e gás da Venezuela.
A estimativa é que o detalhamento das taxas recíprocas seja divulgado na próxima semana, mas há expectativa de que o presidente norte-americano tenha alguma flexibilidade com setores específicos.
Na última segunda-feira, por exemplo, Trump afirmou que pode dar descontos em tarifas a "muitos países".
"Vamos torná-las muito brandas", disse. "Acho que as pessoas ficarão muito surpresas. Será, em muitos casos, menor do que a tarifa que eles [países] vêm cobrando há décadas", disse o republicano em posicionamento recente.
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Tarifaço de Trump
Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas de 25% sobre a União Europeia, mas não detalhou quando isso acontecerá.
Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país.
Esses fatores indicam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) terá mais dificuldade em controlar a inflação, o que pode levar a instituição a manter seus juros elevados por mais tempo. Juros maiores elevam a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que aumenta o fluxo de investimentos nesses ativos e favorece o dólar.
No Brasil, a fuga de capital e a consequente valorização da moeda americana devem fazer com que o Banco Central do Brasil (BC) continue elevando a Selic, taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, impactando negativamente a atividade econômica brasileira.
Além disso, o Brasil e o mundo também podem ser afetados por uma desaceleração da economia norte-americana e de outros países envolvidos na crescente guerra comercial, como a China e a União Europeia.
Outro reflexo para o Brasil é o aumento de oferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.




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