Mercados globais operam perto das máximas com balanços e tensão tarifária no radar

A semana começou com os principais índices de mercados globais nos maiores níveis em mais de três semanas, impulsionados pela percepção de que a pior fase da guerra tarifária pode ter passado. No entanto, a confusão em torno da política comercial dos Estados Unidos ainda trava o desempenho do dólar e impõe cautela aos investidores.
Na Europa, o índice Stoxx 600 registrou alta de 0,5%, beneficiado por notícias de fusões e aquisições na Itália. O banco Mediobanca apresentou uma oferta de 6,3 bilhões de euros, equivalente a US$ 7,1 bilhões, para adquirir a divisão de gestão de patrimônio da seguradora Assicurazioni Generali.
Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 caíram 0,2%, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas, a mais longa desde janeiro. Também foram registradas quedas de 0,2% nos futuros do Nasdaq 100 e de 0,1% nos futuros do Dow Jones Industrial Average.
Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific subiu 0,6%, enquanto o índice de mercados emergentes avançou 0,4%, refletindo ganhos moderados apesar do ambiente externo ainda volátil.
As tensões comerciais continuam sendo uma preocupação central. Embora o presidente Donald Trump tenha indicado avanços nas negociações com a China e outros países, ainda não há evidências concretas de progresso. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou no domingo que as conversas sobre tarifas não avançaram conforme sugerido por Trump.
No mercado de commodities, o preço do petróleo Brent manteve-se estável em torno de US$ 67 por barril, enquanto o petróleo WTI dos EUA subiu 0,25%, cotado a US$ 63,16. Já o ouro recuou até 1,6%, com traders ajustando posições após altas recentes consideradas exageradas.
Nos Estados Unidos, as expectativas de resultados financeiros são elevadas.
Quatro das chamadas "Magníficas Sete" — Microsoft, Apple, Meta Platforms e Amazon — divulgam seus balanços nesta semana. Analistas projetam uma expansão média de 15% nos lucros desse grupo em 2025, uma estimativa que se manteve estável desde março.
Perspectivas econômicas e payroll no radar dos investidores
Além dos balanços corporativos, os mercados se preparam para a divulgação dos dados de payroll dos EUA, prevista para a sexta-feira, 2.
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